O Programa Conecta Startup Brasil, uma iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), promoveu nos dias 4 de 5 de setembro seu Demo Day, evento que marca a reta final desta segunda edição.

Realizado de forma online, o encontro reuniu 25 startups selecionadas para a fase 3, que realizaram pitches de quatro minutos para uma banca de avaliadores composta por representantes da Anjos do Brasil, FEA Angels, ICC Biolabs, Ventiur,  Vibee Hub e WOW Aceleradora.

Nesta segunda edição, o Conecta impactou positivamente mais de 120 mil pessoas, gerou mais de 50 conexões entre empresas e startups, proporcionou 36 horas de speed datings, contou com mais de 1.300 participantes nas capacitações realizadas ao longo de 10 meses e distribuiu mais de R$ 4 milhões em subvenção econômica.

“Acreditamos firmemente que a inovação aberta é um catalisador para a transformação do setor produtivo. É por meio das conexões entre empresas e startups, da capacidade de compartilhar conhecimentos e do acompanhamento técnico na criação de soluções tecnológicas que impulsionamos a revolução industrial que desejamos ver no Brasil”, destacou Isabela Gaya, gerente de Difusão de Tecnologias da ABDI, na abertura do evento.

Daniel Almeida, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, ressaltou que o ministério tem desempenhado um papel fundamental na construção de um ecossistema de inovação mais robusto e dinâmico em todo o país. “Nosso objetivo é proporcionar às startups as ferramentas e o suporte necessários para transformar ideias e projetos de pesquisa em soluções concretas que respondam às demandas reais do mercado. Nesta edição, tivemos a oportunidade de ver como o Conecta contribuiu diretamente para a consolidação de práticas de inovação aberta e para a conexão entre diferentes atores, envolvendo não só grandes corporações, mas também um número crescente de micro e pequenas empresas”, celebrou o secretário.

Para Olival Freire Junior, diretor científico do CNPq, o impacto do programa vai além dos números e tem impacto na integração entre empresas, pesquisadores e empreendedores. “Ele se reflete na nossa capacidade de transformar o Brasil em um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico. Ver esses projetos, que começaram como ideias em laboratórios e centros de pesquisa, se transformarem em soluções tecnológicas no mercado é uma prova concreta do poder da ciência e da inovação para mudar realidades”, enfatizou.

O primeiro dia do Demo Day foi dedicado às apresentações de startups dos eixos temáticos de saúde, impacto social e ambiental. No segundo dia, o foco foi direcionado para a indústria e soluções corporativas. Durante a tarde, ocorreram as tradicionais rodadas de negócios do Conecta Startup Brasil, onde as startups tiveram a oportunidade de conversar individualmente com empresas, aceleradoras e investidores.

O evento foi encerrado com o reconhecimento das startups que mais se destacaram em suas regiões, com base nas pontuações atribuídas pela banca avaliadora. As startups premiadas foram: SIAPESQ, uma deep tech de IA focada em pesquisa ambiental e inovação em monitoramento satelital (Sul); Noleak, que desenvolve soluções inovadoras baseadas em IA para a área de Defesa e Segurança (Sudeste); Dyona, especializada em sistemas ciberfísicos (Centro-Oeste); Puba, uma solução sustentável para a produção de ativos vegetais (Nordeste); e Getter, que atua nas áreas de saúde, segurança do trabalho, gestão de processos e controle de qualidade com aplicação de IA (Norte). A avaliação dos pitches considerou os seguintes critérios: problema e solução; potencial de mercado, modelo de negócios e time.

Para Ruben Delgado, presidente da Softex, “o Demo Day conclui mais um ciclo importante para as startups e para o programa. Além de marcar o final do processo de aceleração, esse encontro nos permite aproximar as melhores startups de potenciais parceiros e investidores. O impacto gerado por essa iniciativa se reflete diretamente na criação de novas empresas, no desenvolvimento de tecnologias disruptivas e na formação de uma nova geração de empreendedores que estão moldando o futuro do Brasil.”

Por Karen Kornilovicz
Agência Softex